Roma, outrora poderosa, jaz em ruínas. A cidade está impregnada de sofrimento e degradação, os seus cidadãos vivem sob a sombra da impiedosa família dos Bórgia. Apenas um homem poderá libertar o povo da tirania Bórgia: Ezio Auditore, o Mestre Assassino. A demanda de Ezio irá testá-lo até aos seus limites. César Bórgia, um homem mais malévolo e perigoso que o seu pai, o Papa, não descansará enquanto não tiver conquistado Itália. Nestes tempos tão traiçoeiros, a conspiração está por todo o lado, até no meio da própria Irmandade... |
Após concluir Renascença - veja resenha aqui - quis logo saber o que a sequência, Irmandade, aguardava. No primeiro livro vemos a descoberta de Ezio Auditore de seu legado assassino. Na verdade, seu pai fazia parte do Credo dos Assassinos, uma organização que tem como o objetivo deter o plano dos Templários de dominas toda a raça humana. Após, no primeiro livro, a família de Ezio ser assassinado por esses inimigos, sobrando apenas sua mãe e irmã, seu tio Mário lhe mostra o caminho e lhe ensina a ser um verdadeiro Assassino. Ezio então promete se vingar de todos os que fizeram algum mal a sua família. Nos capítulos finais de Renascença, em numa luta épica contra Rodrigo Bórgia, o líder dos Templários, Ezio recebe uma missão de deter seus inimigos e não deixar que o Pedaço do Éden, a Maçã que tem poderes que vão além da capacidade humana, cair em mãos erradas. Ao ver Rodrigo agonizar no chão da Capela Sistina no Vaticano, Ezio desiste de dar o golpe mortal e se reúne com seus irmãos Assassinos. Logo descobre que Rodrigo Bórgia sobreviveu e fugiu, e agora voltou com poder sobre Roma e decide colocar seus planos para funcionar novamente.
O primeiro livro havia me impressionado mesmo não superando minhas expectativas. Mas em Irmandade, Bowden apresenta uma história superior e que nenhum leitor poderia imaginar. Aqui, Ezio vê em como suas escolhas vão pesar, tanto para ele mesmo, como para todos os Assassinos, e até mesmo, para a humanidade. Agora como líder da Irmandade, Ezio acumula mais responsabilidades do que já tinha, e terá que enfrentar seu inimigo até dentro da própria Irmandade.
"Enfrentando o cansaço, continuaram calvagando, rezando para chegar a tempo de deter o plano de Micheletto. Mas, apesar de toda pressa, o adversário tinha partido com grande vantagem sobre eles."
Página 350
Neste segundo livro, o vilão Rodrigo Bórgia é posto de lado, e seus dois filhos são agora os inimigos máximos de Ezio Auditore. Cesare Bórgia, mais astuto que o pai e um exímio espadachim, tem uma ambição mais elevada que Rodrigo, e almeja ser o líder dos Templários e dominar toda a Itália. Quanto a irmã, Lucrécia Bórgia, uma serpente com a mesma personalidade do pai. Mas os perigos que Ezio terá que enfrentar não se limita apenas a esses dois. Um espião infiltrado na própria Irmandade está informando todos os passos dos Assassinos aos Bórgia, e La Volpe, o líder da Guilda dos Ladrões e Assassino, desconfia que seja Nicolau Maquiavel o traidor.
"- Só um momento, senhor.
- O que foi?
- Eu o seguirei.
- Agora?
- Sim, senhor. Meu camarada, Miguel, está morto."
Página 370
Oliver Bowden enriqueceu sua narrativa e enredo, prendendo o leitor do início do livro até o desfecho. Este livro é divido em três partes. A primeira parte para mim vale como um livro só, mas como ainda faltava 80 páginas, eu sabia que muita coisa poderia acontecer nessas meras 80 páginas. E aconteceu! O autor soube dar um ar mais realista a Ezio, agora um homem de quarenta e poucos anos, e com deveres que pesam sobre seus braços.
"- Não, mas tenho certeza de que você irá concordar que é melhor confirmar toda informação que se recebe, ainda mais em tempos como esses."
Página 125
E mencionando os personagens, Ezio não se vê mais como um Assassino, e sim, o Líder Assassino. Como já repeti na resenha, ele tem mais deveres acumulados. Cabe ao líder conhecer sua própria Irmandade, mas após saber que existe um espião entre eles, e que seu melhor amigo Assassino Maquiavel é um suspeito em potencial, Ezio precisa tomar alguma decisão.
Neste livro, Ezio Auditore tem um romance com o amor de sua vida, a Condessa de Forlì, Caterina Sforza. Ela, assim como Ezio, é uma guerreira e comanda um poderoso exército a favor dos Assassinos. Apesar de aparecer somente na primeira parte, fica evidente que Ezio nutre um grande amor por ela.
"- Temos de lidar com a situação real, meu bom Ezio, não com a situação que poderia ter sido. - Mario lhe deu uns tapas nas costas."
Página 41
Sobre o desfecho da obra, pelo que vi na sinopse do terceiro livro, A Cruzada Secreta, Ezio deixará de ser protagonista, e quem toma a frente do livro será o Assassino Altaïr contra o líder dos Templários, Robert de Sablé. Vou procurar saber mais para entender a súbita troca de personagens...
"Ezio sorriu, em seguida voltando ao alojamento, onde atou a pistola e colocou a lâmina dupla no cinto."
Página 283
Recomendo Irmandade, mas pra quem já leu Renascença, é claro, rs. Esse segundo livro, ao meu ver, é superior ao primeiro, e o quesito "assassinato" se torna algo mais secundário, e a história por trás das guerras entre Assassinos e Templários toma a frente.
Ficha do Livro:
Título Nacional: Irmandade
Ano de Lançamento: 2012
Número de Páginas: 392 páginas
Editora: Galera
Tradutor: Edmo Suassuna
Ano de Lançamento: 2012
Número de Páginas: 392 páginas
Editora: Galera
Tradutor: Edmo Suassuna
Título Original: Brotherhood
Ano de Lançamento: 2010
Número de Páginas: 528
Editora: Penguin Books
Ano de Lançamento: 2010
Número de Páginas: 528
Editora: Penguin Books
Sobre o Autor:
Anton Gill começou a escrever profissionalmente em 1984 e nesse tempo publicou 35 livros. Gill nasceu em Ilford, Londres, filho de pai alemão e mãe inglesa, cresceu em Londres, foi educado na "Chigwell School" e no "Clare College", trabalhou no teatro, especialmente no "Royal Court Theatre" em Londres, no Conselho de Artes e na emissora de TV BBC antes de se tronar escritor. Ele escreveru uma variedade de artigos históricos, incluíndo três biografias. Seu trabalho inclui obras de ficção e não-ficção, mas seu escopo principal é a história européia contemporânea. Ele usa dois pseudônimos: Oliver Bowden e Ray Evans. Ele é casado com a atriz Marji Campi e divide seu tempo entre Londres e Paris.
Outros Livros da Série:
Ainda não lançados no Brasil:
Outras Capas:
Oi ..
ResponderExcluirAdoro essa série, apesar de ter lido somente o primeiro volume.
Sério que os assassinatos ficam em segundo plano nesse volume? Quero ler para ver como ficou, rs.
João Victor - Amigo do Livro
http://amigodolivro.blogspot.com.br/
Eu gostei muito do primeiro, o problema foi que Ezio - mesmo sendo óbvio de um Assassino - mata alguém em cada capítulo, o que torna meio maçante a leitura. Mas em Irmandade a história é bem mais dinâmica, e sim, há os assassinatos, mas não é toda hora...
ExcluirOie
ResponderExcluiradoro a série de jogos, e o primeiro livro foi muito bom, porém, não fiquei animada para ler a continuação.
Mas o terceiro livro quero ler por ser baseado na história do Altaïr, que é bem mais interessante.
bjos
Olha, como "A Cruzada Secreta" trata de outra história, a do Altaïr, no caso, não tem problema em não ler Irmandade... tbem acho que o terceiro livro será bem melhor que os dois do Ezio! Acho que Altaïr é um personagem bem mais "maneiro", rs.
ExcluirMuita gente que curtiu o jogo chegou a me falar opiniões conflitantes sobre a série de livros, então ainda estou na dúvida. Como não sou nenhuma gamer, o jogo não me conquistou, mas os livros até me deixam curiosa. Se não fosse a eterna fila de leitura que não termina, eu leria com certeza
ResponderExcluirAbraços
Lu Tazinazzo
http://aceitaumleite.blogspot.com.br
Olha, Assassin'S Creed não é uma leitura "muito" recomendada pra quem não jogou os games da franquia de sucesso da Ubisoft... então, demore pra ler esse livro, você não vai perder muita coisa não.
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