domingo, 11 de maio de 2014

Resenha - A Escolha de Kiera Cass


Mais uma série chega ao fim, e a vez é de A Seleção de Kiera Cass, com seu volume final, A Escolha - que no original, é The One. Uma distopia com um teor romântico mais forte, e que dividiu opiniões com seu triângulo amoroso - principalmente em seu segundo livro, A Elite - tem seu desfecho publicado. Será que o final vai agradar todos?


Após os eventos dos dois primeiros volumes, America Singer é uma das 4 finalistas, pertencente ao grupo Elite. A escolha do príncipe Maxon Schreave está mais perto do que nunca, e uma delas será sua futura esposa - e rainha soberana de Illéa. America ainda tem seus sentimentos confusos quanto à Aspen Leger, um guarda do palácio que fora, antes de entrar na Seleção, seu namorado, e à medida que ela vai tentando refletir em sua própria escolha, os ataques rebeldes se tornam mais frequentes, afetando todo o sistema de Castas. O que está em jogo não é apenas uma escolha, mas várias, e todas elas definirão o destino de suas vidas.

"Quando ele me apertou um pouco mais forte, senti que todos os erros haviam sido apagados e restara apenas a essência de nossa relação. Éramos amigos que tinham percebido que não queriam ficar longe um do outro. Éramos diferentes em diversos sentidos, mas, ao mesmo tempo, muito parecidos. Não dava para dizer que nossa relação era obra do destino, mas ela parecia mais forte do que qualquer coisa que eu já tinha vivido antes."

Tenho que dizer que eu estava com um misto de desespero e ansiedade quanto à A Escolha. Tinha medo que Kiera desse um desfecho banal para a série, que concluísse sem muitas explicações, mas também eu estava inquieto para saber quem iria ter o coração de Meri para sempre, o destino dos outros personagens... Eu acho que todo leitor - e fã - passa por esse estado quando está diante do último livro de uma série, tentando visualizar um final perfeito para os protagonistas - como no caso de Convergente da Veronica Roth :'(. Mas se em A Seleção tudo é mais coloridinho, sem a carga sombria que a maioria das distopias carregam (lembre-se que a distopia nessa série é apenas um pano de fundo), o final tende a ir para o mesmo caminho.

Até que sim, mas acho que Kiera surpreendeu em alguns aspectos. Tudo aquilo que não tinha acontecido em A Elite, ocorre nesse volume, e o mais interessante, é que a trama flui sem parecer apressada. Pelo menos eu me senti imerso na narração de America, o peso de suas decisões, ao mesmo tempo em que tem que resistir à pressão do rei Clarkson e os ataques rebeldes... A Escolha é um livro mais fechado, mais planejado, e acredito que Kiera deu um tom mais maduro para seus personagens. America já possuía uma personalidade forte e tudo mais, mas seus combates sempre eram travados no palácio e em torno da Seleção. Aqui não, há uma elevação para a situação dos ataques rebeldes, e America se vê no meio deles.

"- Não tenho escolha.
- Você sempre tem escolha, Meri." 

Kiera também acrescentou cenas de romance interessantes, e enquanto em A Seleção e em A Elite tínhamos uma America confusa, aqui suas ações são mais precisas, objetivas, e sabemos quem ela quer. É claro que haverá o clichê das briguinhas e tudo mais, mas esses elementos convergem para dar um tom natural à história dos personagens principais - e muitos suspiros!

Maxon continua sendo o cavalheiro e o jovem inocente da saga, o que dá um status maior para ele na série - sendo o personagem masculino mais famoso entre os fãs. Seu relacionamento com America é bonito de se ver, e há incontáveis quotes excelentes entre eles. Aspen não fica de fora, mas senti um pouco de falta dele em A Escolha, muito menos do que em A Elite. Mas não se precipite, o final aguarda surpresas...

"Isso não é um "felizes para sempre".
É muito mais que isso." 

Uma personagem que me surpreendeu, foi Celeste Newsome. Da Casta 2, a Selecionada que foi uma das maiores antagonistas de Meri na competição pela coroa, se revela aqui. Eu nunca amei ela, quer dizer, ela causava as tretas mais legais e um agito, haha, mas ela sempre foi maldosa. Mas Kiera explica a razão de tudo isso, e vemos com outros olhos a personagem, que se redime. Por um lado isso é ótimo, mas por outro, Kiera se mostra má!

E então, se eu gostei do desfecho? ÓBVIO! Não vou falar com quem ela vai ficar, e nem sei se é preciso, mas saiba que no final Kiera brinda o leitor com uma conclusão genial. Por alguns momentos eu fiquei tenso, mas deu tudo certo. Aos leitores, fiquem tranquilos, está perfeito!

Definitivamente, A Escolha é o melhor livro da trilogia. Ele superou todos os seus antecessores. Seu final fecha tudo com uma chave de ouro, e deixa na expectativa, que talvez - talvez! - Kiera retorne à Illéa. Quem sabe?

***

Ficha do Livro:


Título: A Escolha (The One #3)
Autora: Kiera Cass
Tradução por: Christian Clemente
Editora: Seguinte
Páginas: 352
Lançamento: Maio de 2014


A Série:

  ~
   

Um comentário:

  1. Oie Joshua
    eu gostei do final, mas achei que o livro foi mal desenvolvido. O que foi uma pena, pois eu esperava mais conflitos e tensão.
    Meu preferido continua sendo A Elite. Ok que o maxon foi fofo toda vida escrevendo aquelas cartas. Tive ataques de suspiro suhaushu
    bjos

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