Crítica de Filme: O Hobbit - Uma Jornada Inesperada

Considerado o pai da literatura fantástica, e por difundi-la com sua poderosa obra, O Senhor dos Anéis, Tolkien construiu um mundo - a Terra-Média - que conquistou - e conquista - muitas pessoas ainda. Adaptado para as telonas pelo cineasta, Peter Jackson, vemos um trabalho excelente e fiel à trilogia. Agora chegou a vez de O Hobbit - resenha do livro aqui -, história que se passa 60 anos antes da saga principal, e que será dividido em três filmes. O primeiro, Uma Jornada Inesperada, marca o retorno à esse mundo, e inicia um novo épico.

À princípio, foi muito criticada a proposta da divisão em três filmes de O Hobbit, e até mesmo os fãs mais ativos, receberam a informação com um pé atrás. É perceptível o quanto Peter Jackson estendeu toda a história do livro, mas essa expansão foi feita da maneira certa. Acredito que pode ser um pouco maçante acompanhar por volta de 2h e 50mins - quase 3h! - o grande elenco de personagens nesse primeiro filme, mas Jackson conseguiu manobrar de tal forma a trama, que nos sentimos imersos na aventura, tão inesperada para o pequeno hobbit Bilbo Bolseiro(Martin Freeman), quanto para nós.

Apesar de Uma Jornada Inesperada tratar de apenas uma pequena parcela do livro, as sequências de ação e correria não faltam. São cenas frenéticas, e que fazem os olhos do telespectador correr por toda a tela, seja acompanhando as acrobacias dos anões, ou as coreografias nos momentos de tensão e luta. E mesmo sendo uma aventura de risco, temos um humor certo empregado, principalmente com o protagonista Bilbo, que se sente desconfortável em deixar o conforto do Condado, para se tornar o ladrão da companhia de anões de Thorin Escudo-de-Carvalho(Richard Amirtage), que busca recuperar o tesouro e o reino dos anões, Erebor, tomado pelo dragão Smaug.

Sou suspeito em falar da magnitude de Uma Jornada Inesperada, mas mesmo não sendo o filme perfeito, porque afinal, não é sempre que uma história distribuída por três longas funciona, O Hobbit é uma exceção. Talvez seja pelo seu peso que carrega: uma adaptação de uma obra de J.R.R. Tolkien. Mas não é apenas isso. É a qualidade do trabalho, a dedicação de toda a equipe técnica, elenco, e etc. E principalmente, a visão de Peter Jackson. Podem falar que a trilogia só foi feita para lucrar, mas o cinema é para isso. E o lucro é mais do que merecido, quando a obra entregada faz por merecer.

Em geral, O Hobbit - Uma Jornada Inesperada, é só o começo de uma aventura. Ainda virão mais dois filmes - A Desolação de Smaug e Lá e De Volta Outra Vez - mas pode-se dizer que este primeiro longa cumpriu o seu papel. Reencontrar o mago Gandalf, o Cinzento(Ian McKellen) e sua simpatia sem igual, retornar à um mundo profundo, e lidar com uma "nova" ameaça - o Necromante... - tudo culmina para uma história épica e que tem muito mais a mostrar.

Mesmo acabando sem "fechar" a trama inicial - obviamente - temos um gancho interessante, e a última cena é de arrepiar. Vamos ver se Bilbo e cia. é capaz de destruir o dragão Smaug...

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Ficha do Filme:

Título: O Hobbit - Uma Jornada Inesperada( The Hobbit - A Unespected Journey #1)

Direção por: Peter Jackson

Elenco: Martin Freeman, Ian McKellan, Richard Armitage, etc.

Gênero: Fantasia, Ficção, Aventura

Nacionalidade: EUA, Nova Zelândia

Lançamento: 14 de dezembro de 2012

Duração: 2h e 42min