Crítica de Filme - Guerra Mundial Z

O termo zumbi, atualmente, é bastante conhecido. Criaturas decrépitas, mortos-vivos, que tem sede de sangue e contaminam com uma mordida. Há muitas releituras na mídia sobre esses seres que estão ligados ao fim do mundo. Vemos por ai a série de TV The Walking Dead e a franquia de games Resident Evil, mas ouso dizer que essa é uma das mais realistas sobre zumbis.

Apesar de uma trama sensacionalista - apenas com fugas e cenas quase surreais - Guerra Mundial Z trata o vírus zumbi de um modo bem interessante e inteligente. Durante o filme, há pistas sobre como lutar contra os mortos-vivos - e uma possível cura - então não pense que o longa só tem cenas tensas e de correria. O desfecho e a solução para a contaminação foi uma das mais convincentes ao meu ver.

Brad Pitt é Gerry Lane, um ex-investigador da ONU e que atualmente dedica o seu tempo à sua família. Mas logo no começo do filme, de repente sua cidade é atacada e contagiada por um exército de mortos-vivos - que simplesmente correm de tal forma, e apenas mordem o que veem pela frente - Gerry, junto com sua esposa Karen(Mireille Enos) e suas filhas, conseguem fugir e são salvos por um antigo amigo de Lane, que trabalha no governo. Eles são levados para uma base em alto-mar, mas para que sua família fique a salvo no navio, Gerry terá que ir em uma missão perigosa para descobrir uma possível cura para a infestação zumbi.

Essa é a base para o filme, e depois disso, não desgrudamos os olhos do longa. Gerry passa por cada coisa, que ás vezes você acha uma tremenda mentira ele continuar vivo. Uma das melhores cenas é quando Gerry, em suas investigações, à procura pelo primeiro indício de ataque zumbi, chega à Jerusalém, Israel, cidade que foi lacrada uma semana antes dos ataques zumbis começarem. Desse ponto em diante, tudo parece virar de cabeça para baixo em sua missão - que resulta em partes frenéticas do filme e totalmente épicas.

Como o filme movimentado como esse, as interpretações dos atores não são tão exigidas, mas Brad e Mireille, em seus papéis de marido e mulher, improvisaram suas falas, o que deu um tom mais descontraído  e espontâneo para a família, apesar de vermos interações do tipo apenas no começo do longa.

Sobre os zumbis, eles são muito bizarros. É claro que poucas vezes a câmera foca em um morto-vivo - mais nas últimas cenas, super tensas - mas eles não são decrépitos como em The Walking Dead, por um simples ponto: eles não parecem ser carnívoros, apenas violentos. Eles apenas mordem o que veem, e em menos de 12 segundos - ou até mais - a vítima já está correndo que nem uma louca atrás de uma nova pessoa pra morder. Esse comportamento é explicado no final, mas de qualquer modo, fugir de um bando de zumbis, que correm que nem em uma maratona pra te pegar, não é mole não.

No fim, a adaptação do livro de Max Brooks - que não tive ainda a oportunidade de ler - é sensacional. É o tipo de filme que te faz sair do cinema satisfeito. Apesar de boa parte dele se firmar em cenas de pura loucura, pavor, medo, correria e efeitos especiais em demasiado, ao final temos a sensação de querer ter visto mais da guerra contra os zumbis.

Quando eu disse que é uma das versões dos mortos-vivos mais realistas, é porque, na minha opinião, acho meio difícil a humanidade toda não tomar uma providência diante de um ataque zumbi. Será que se você ouvisse rumores de canibais em sua cidade, você não tomaria mais cuidado? Guerra Mundial Z é um filme que desejo assistir novamente e recomendo bastante.

OBS: Uma continuação já foi confirmada.

***

Ficha do Filme:

Lançamento: 28 de junho de 2013

Direção: Marc Forster

Com: Brad Pitt, Mireille Enos, Elyes Gabel

Gênero: Ação, Ficção, Terror

Nacionalidade: EUA

Duração: 1h 56min