domingo, 5 de maio de 2013

Resenha - Insurgente de Veronica Roth


A sequência da distopia Divergente de Veronica Roth, lançado aqui no Brasil pela Editora Rocco, Insurgente, já se tornou um dos mais vendidos no mundo inteiro, e por uma boa causa: Insurgente é simplesmente a continuação mais empolgante que já li de uma série! E o desfecho do livro não deixa a desejar e consegue responder todas as dúvidas deixadas pelo primeiro livro da trilogia. Veronica Roth construiu uma sequência bastante sólida e que dá novos rumos à história.


Não consigo colocar em palavras o que senti durante a leitura de Insurgente. Mesmo não sendo o último livro da trilogia - que será Allegiant - tenho a sensação de que tudo está acabando, e enquanto vamos acompanhando a jornada de Tris Prior numa guerra entre facções nunca antes já vista, nos sentimos dentro do livro, sentimos o drama da personagem perdendo as pessoas mais próximas, sentimos que tudo o que está ao redor pode ser mentira... Veronica Roth evoluiu sua escrita bastante, é algo notável. Seus personagens também evoluíram, amadureceram após os fatos marcantes do primeiro livro, Divergente. Não falarei muito da história, pois posso soltar alguns spoilers, mas a única coisa que consigo dizer é que o enredo pareceu ter se elevado muito mais que o primeiro volume. É o tipo de continuação que supera, sem sombra de dúvida, o seu precedente.

"Viro o corpo e contraio o rosto quando sinto algo espetando minhas costas. Levo as mãos às costas e meus dedos envolvem a arma."
Página 17 

Tenho orgulho de falar que valeu a pena cada noite em claro enquanto eu lia Insurgente. Foi uma leitura que me arrebatou, literalmente! Apesar das comparações com Jogos Vorazes, para mim, Veronica Roth soube bastante guiar seus personagens pela história. Cada capítulo para mim foi uma surpresa, e a ação é que não falta. Até senti que o romance - mais uma vez - não foi focado como em Divergente, mesmo com os pequenos conflitos entre Beatrice e Tobias - apelidado de Quatro. E isso não é um ponto negativo, já que o romance está ali, mas a autora sabe em que momento encaixa-lo na história, sem sobrecarregar a trama principal com subtramas.

"Olhos brilham na escuridão. Há formas escuras dentro do vagão, mais numerosas que nós.
Os sem-facção."
Página 95 

E então o desfecho de Insurgente vem para afogar o leitor de vez. A revelação no final quase me pareceu que não ia sair, de tantos empecilhos contra Tris, mas quando, faltando umas três páginas para o final do livro, descobrimos o que verdadeiramente está para além das cercas que envolvem a cidade de Chicago, ficamos perplexos. A autora nos brindou com uma revelação que ninguém poderia imaginar, por mais que chegasse perto o bastante de desconfiar de uma "sociedade utópica".

"Seus olhos vasculham a multidão até encontrarem meu rosto. Meu coração pulsa na garganta, nas minhas bochechas."
Página 147 

Mas o grand finale, para mim, se dá na última frase do livro. Não são só os personagens que entram em desespero, mas o leitor. Entra em desespero porque o livro terminou, entra em desespero porque Allegiant só será lançado no ano que vem aqui no Brasil, entra em desespero simplesmente por saber que só falta um livro para tudo acabar.

"- Na verdade, não aprimoramos - diz Christina - As coisas meio que só pioram."
Página 438 

Recomendo Insurgente urgentemente para quem leu Divergente, e recomendo Divergente, também urgentemente para quem ainda não começou a trilogia. Não tem como se arrepender de ter lido um livro desses. É simplesmente uma das distopias mais perfeitas que já li, e sabe de uma coisa, vamos parar com essas comparações com Jogos Vorazes. Divergente para mim já se consolidou, e Veronica Roth mostrou seu potencial, e acredito que mostrará ainda mais.

"- Isto - responde ele, apenas para mim - é a informação que vai mudar tudo."
Página 506 

Então, que venha Allegiant!

"Depois, os gritos começam."
 Página 509

Ficha do Livro:

Título: Insurgente (Insurgent #2)
Autora: Veronica Roth
Tradutor: Lucas Peterson
Editora: Rocco
Páginas: 512









Outras Capas:

  

Um comentário:

  1. Eu amei Insurgente, mas a série de Veronica Roth sempre vai bater na trave da perfeição para mim porque eu ainda identifico muitos elementos de Jogos Vorazes. Ainda assim, este livro ficou ótimo e o que eu mais gostei foi que o enredo realmente parece ter começo meio e fim - precisava ser um trilogia, e não é apenas uma história arrastada, mas não vira aquelas séries intermináveis. Espero que o tempo passe rápido o suficiente para aguentarmos a ansiedade do lançamento de Allegiant.

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