quarta-feira, 25 de julho de 2012

Resenha - O Dia da Caça de James Patterson


Há tempos que eu queria ler O Dia da Caça, de James Patterson, o autor de suspense mais vendido no mundo - como está sendo definido logo abaixo de seu nome na capa. Comprei o livro por um preço barato: R$15,00! Aproveitei então as férias para começar a ler, e devorei rapidamente, no máximo 3 dias. E após concluir a leitura, mesmo com os altos e baixos da obra, valeu a pena ler.


Alex Cross é um detetive que presta serviços para o Departamento de Crimes Hediondos da Polícia Metropolitana, além de ser ph.D. em psicologia, com uma longa e bem-sucedida carreira. Após se preparar para mais um dia de trabalho, ele é enviado para cuidar de um caso bem estranho: uma família inteira fora brutalmente assassinada dentro da própria casa. Depois de investigar a cena do crime, Cross atenta para os corpos, e percebe que um deles - a mãe - era sua ex-namorada nos tempos de colégio. Percebendo que Ellie Cox - a ex - estava mesmo morta, Alex dá o melhor de si para tentar desvendar o caso. Até que outro caso de assassinato de uma família inteira, semelhante a este, acontece em território americano e africano, Cross juntando outras - poucas - pistas, descobre que o assassino - ou assassinos? - está agora na África. Alex então parte em uma viagem, que será uma verdadeira caça em um território sem leis e sem segurança.
Sua atual namorada, Bree Stone, fica nos Estados Unidos para investigar por aqui, e logo descobre que o assassino tem a ajuda de meninos africanos, e que possui o codinome Tiger.

"Os mistérios mais difíceis de solucionar são aqueles que você vê que estão perto do fim, pois já não há evidências suficientes nem muito mais a desvendar. A menos que você possa voltar ao início - retroceder e rever tudo." Página 12

Acho que O Dia da Caça é um livro bem estruturado, e o autor se utilizou de elementos do "mundo policial" de uma boa maneira. E um ponto que destaco de antemão: Alex Cross, apesar de ser detetive, não é como Sherlock ou Poirot. O autor quis passar uma imagem de um detetive comum dos Estados Unidos, que se vê diante de casos interessantes, através de Cross. Alex não é um super detetive que desvenda tudo o que lhe é proposto... Alex, pelo que eu pude perceber, é humano, e investiga o máximo que pode. Neste primeiro livro - primeiro livro, digo, lançado aqui no Brasil, pois se não me engano, esse é o sexto... - vemos que Cross tem imperfeições, e muitas vezes suas escolhas e decisões não são tão boas assim. Acho que todas essas qualidades fazem você começar a criar uma simpatia com o personagem, mesmo as vezes odiando ele!

A trama, como já falei, é bem arquitetada. Dividida em quatro partes, mais prólogo e epílogo - Invasão de Domicílio, Atrasado para a Festa, Sinal da Cruz, Campo, De volta para Casa e O Último Mocinho - o livro possui um começo, meio e fim. A história se desenrola com rapidez, e acho que a obra se constitui com mais ação do que investigação. Quero dizer, há a investigação, mas não vi ela presente muito no livro. Alex luta mais do que desvenda, mas isso nem é um ponto ruim do livro, porque as aventuras de Cross chega a ser de tirar o fôlego!

"Já estava na hora de parar de fazer críticas e começar a apresentar soluções? Ser crítico é fácil, pois não requer imaginação nenhuma. Resolver os problemas é a grande questão." Página 203

A viagem do detetive pela África possui cenas bem fortes. Não sei se o autor quis dar uma ênfase a tudo o que acontece naquele continente, mas através da narração de Patterson, é quase "palpável" aquele "mundo" que nós nem nos dávamos conta que existia. Cross - que narra em primeira pessoa o livro em alguns capítulos, pois em alguns, o autor utiliza a narração em terceira pessoa - como cidadão americano, ao se deparar com tudo aquilo, parece levar um choque cultural! Ele entende que aquela é uma terra sem lei, e o vocábulo ajuda ali não existe - e talvez nunca existirá.

Após concluir a leitura, tirei minhas próprias conclusões acerca do livro: ele é muito bom! Pelo que li em algumas outras resenhas, teve leitores que acharam meio fraquinha a história em si. Na minha opinião, o autor as vezes se distanciou tanto da investigação e se preocupou em mostrar o lado sombrio da África. Por um lado, foi ruim, mas por outro foi bom, e não acho que isso resulta em uma leitura entediante, pois logo o autor nos surpreende com cenas de ação e tal. Pra mim, valeu a pena ler.

"- Você devia ter me matado quando teve oportunidade. Sou muito persistente. Nunca desisto. - Assim falou o Matador de Dragões" Página 212

O epílogo é crucial para você entender toda a história do livro, e pelo menos desta vez, consegui saber quem era o vilão da história toda! Sobre o trabalho da Editora Arqueiro, sempre maravilhoso. A diagramação, perfeita, e o tamanho e fonte utilizados são ótimos para a leitura. A capa é um detalhe - show - a parte. Por isso gosto do trabalho dessa Editora, rs.

Recomendo sim, pra quem quer ler um suspense bem elaborado, pois creio que não vai decepcionar pra quem gosta do gênero!

Ficha do Livro:


Título Nacional: O Dia da Caça
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 224
Editora: Arqueiro
Tradutor: Fabiano Morais
Título Original: Cross Country
Ano de Lançamento: 2008
Número de Páginas:  416
Editora: Little, Brown And Company







Sobre o autor:

James Patterson é hoje um dos autores mais vendidos no mundo inteiro. Seu livro de estréia The Thomas Berrynan Number ganhou o Edgar Award de melhor romance policial. Foi publicado em 1976, depois de recusado por mais de 20 editores. O autor iniciou então uma série de best-sellers, incluindo os seis livros com o personagem Alex Cross, um detetive-psicólogo. Antes de se tornar um escritor em tempo integral, Patterson trabalhou na área de Publicidade por muitos anos,. Foi presidente da J. Walter Thompson, North America, de 1990 a 1996. Estudou no Manhattan College e depois na Vanderbilt University. Vive atualmente em Palm Beach, Flórida, com a mulher e o filho.








Outras Capas:

  

8 comentários:

  1. Também gostei deste livro, mas não achei perfeito. Gostei muito das suas considerações, e concordo quando você diz que certas cenas na África são quase palpáveis.

    Abraços

    Lu Tazinazzo
    http://aceitaumleite.blogspot.com.br/

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    1. Isso mesmo: ele não é perfeito, mas vale a pena a leitura. O autor soube passar bem o que "é" a Africa"

      Abraços, Joshua

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  2. Joshua,

    Alex Cross é a série que mais gosto dentre as lançadas aqui do James Patterson. Concordo com o que você disse, o livro é mais ação que investigação, acho que é algo que prevalesse nos livros do Patterson, mas a vantagem da série Alex Cross é que o autor é mais centrado no personagem e também ele limita o número de tramas paralelas, o que geralmente não ocorre com as outras série. Boa resenha!

    Abraços
    Juan - http://sempre-lendo.blogspot.com.br/

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    1. Pois éh, rsrs... isso é bom, pq não precisa acompanhar a série cronologicamente por ordem de lançamento lá fora! Mais fica estranho, pois mesmo assim, o autor as vezes deixa fatos no ar, mas tbem, não atrapalha a leitura.

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  3. Joshua, foi com esse livro que surgiu a minha admiração pelo Patterson e desde então o desejo de ler todas suas obras - apesar da quantidade, que apenas aumenta.
    Realmente muitos criticaram o livro, mas eu gostei e muito. Talvez até exista livros melhores da série, mas nada que faça esquecer as cenas marcantes de O Dia da Caça.
    Apenas uma coisa: Patterson é o cara!

    Abraços e parabéns pela resenha.
    Ricardo - www.blogovershock.com.br

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    1. Aconteceu o mesmo comigo, quero ler mais livros de Patterson! Não entendo as críticas, gostei muito da obra!

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  4. Oi ..

    Realmente o livro possui altos e baixos. Porém, pra mim, a experiência não foi da maneira como eu esperava. Contudo, não desisti do autor, rs.
    Ótima resenha! :)

    João Victor
    Amigo do Livro

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    Respostas
    1. Pois é... ele pode agradar as vezes, e em outras não... mas como vc mesmo falou, não desistir do autor!

      Abraços!

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