segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Resenha - Assassinato no Expresso do Oriente de Agatha Christie

Sinopse: "Pouco depois da meia-noite, uma tempestade de neve pára o Expresso do Oriente nos trilhos. O luxuoso trem está surpreendentemente cheio para essa época do ano. Mas, na manhã seguinte, há um passageiro a menos. Um americano é encontrado morto em sua cabina, com doze facadas, e a porta estava trancada por dentro. Pistas falsas são colocadas no caminho de Hercule Poirot para tentar mantê-lo fora de cena, mas, num dramático desenlace, ele apresenta não uma, mas duas soluções para o crime."

Não sei como irei escrever esta resenha, pois simplesmente não tenho palavras para descrever a obra magnífica da autora consagrada Agatha Christie.

Vou tentar chegar ao menos perto do que eu senti ao ler Assassinato no Expresso do Oriente, e descrever a história, que mesmo parecendo complexa, é muito clara como Agatha nos brinda com uma revelação que nos deixa de boca aberta e olhos arregalados!



A trama começa com uma viagem - comum - do famoso detetive Hercule Poirot. Ele viaja em um trem juntamente com outros dois passageiros, e começa a pôr seus olhos em cima deles, observando seus hábitos, adivinhando o tipo de perfil dos dois outros passageiros.

Até ai, tudo bem. Mas quando uma fragmentação de uma conversa entre os outros dois chega aos ouvidos do detetive, ele começa a achar que havia algo mais além daqueles passageiros.

Depois de receber um chamado por um telegrama e cancelar a sua hospedaria em um hotel, Poirot viaja novamente em outro trem, juntamente com um conhecido seu, o diretor da empresa da companinha dos trens. Hercule entra em sua cabina e tem que dividi-la com um outro passageiro, mas algo passa por seus olhos - o trem está mais cheio do que o habitual naquela estação do ano.

" O grego assentiu.
- À 0h30 entramos na nevasca. Ninguém deixou o trem dede então.
Bouc disse solenemente:
- O assassino está entre nós, e no trem..."

Página 44

Quando Hercule recusa uma proposta de trabalho por um dos passageiros, e na mesma noite o trem é forçadamente parado por causa de uma nevasca, Poirot recebe a notícia de que o mesmo homem que lhe pedira seu favor -  Ratchett - foi assassinado com doze facadas em sua cabina. E é ai que começa o jogo, e Hercule - a pedido de seu amigo, o diretor da empresa de companinha dos trens, Bouc, juntamente com um médico grego, Constatine - começa usar toda sua inteligência e perspicácia para desvendar todo aquele mistério.

O livro, admito, tem uma história maravilhosa, e Agatha - ao meu ver - não errou em nenhum ponto do livro. Nesta obra, ela rapidamente nos apresenta o assassinato, e parte do livro se passa com revelações aterradoras, onde o leitor se vê envolvido com toda a história.

Os personagens estão a disposição de Christie. A autora os manipula e sabe como coloca-los em cena no momento certo, e é ai que somos brindador com grandes surpresar.

Um dos meus personagens prefidos no livro é o detetive belga Hercule Poirot. Ele simplesmente é fantástico, e toda sua inteligência é magnífica. Não sabemos o que se passa na cabeça do detetive, e quando ele vai revelar o que ele descobriu do caso, todo pomposo começa sua narração, e isso diverte o leitor do início até o fim.
Outro personagem é Bouc, amigo de Hercule, diretor da companinha de trens e que também stá viajando no mesmo trem em que o detetive vai. Não é tão inteligente como o detetive, mas sabe pensar com grande lógica. Chega até fazer objeções, mas se cansa logo por ver que não há saídas em torno do caso.
O doutor Constatine, grego, acompanha toda a aventura, e admira a inteligência de Poirot a todo momento. O detetive também conta com a ajuda do grego, que muitas vezes lhe aponta pistas, e uma delas foi sobre a autópsia do corpo do morto.

"Poirot ergue-se:
- Se me desculpar a observação pessoal, eu não gosto da sua cara, M. Ratchett - dizendo isso, foi deixando o carro-restaurante."

Página 30

O resto dos personagens são apenas personagens secundários, suspeitos e que de alguma forma estão envolvidos no crime. Mas o mais legal em toda a obra é que Agatha nos dispôe todas as pistas, e em uma determinada parte o livro parece que ela nos dá um tempo para parar e pensar. Você se vê sujestionando personagens suspeitos e refletindo no que levarias elas a cometer o crime. E é isso que é legal. Procurando pelo culpado, nos vemos em um labirinto...

O livro é divido em três partes: Os Fatos, Os Testemunhos e Hercule Poirot para e pensa. A primeira parte se preucupa em nos contar, logicamente, os fatos antecedentes ao crime. Nos descreve os personagens tanto os protagonistas quanto os segundários. Nos dá uma rápida noção do cenário em que se passará os acontecimentos.
Depois do crime e assassinato, noss elevamos a segunda parte do livro, onde a autora se preocupa em nos narrar os depoimentos que Hercule faz com os passageiros, junto com seus amigos Bouc e Constatine. Depois de outros fatos no final dessa segunda parte, é iniciada a terceira parte.
A terceira parte está voltada para quase toda a solução do caso, e como disse acima, é ai que a autora nos dá um tempo para pensar por alguns minutos. E nesta mesma parte do livro que a tensão começa a subir, revelações são jogadas no ar e surpresas começam a pipocar por todo lado, e somos brindados com um final genial por parte da autora.

A capa do livro - na edição que eu li da Editora Nova Fronteira - não está muito elaborada. Parece mais uma como padrão e não chama muito a atenção. O motivo por eu ter comprado o livro - quer dizer, o box que trás três livros da autora - foi porque minha mãe me falou sobre a autora e que seus livros eram ótimos. Achei o box e comprei por causa do preço baratíssimo!
A imagem usada na capa bate um pouco com o título, mas não chega a ser atraente. De todos os três livros do box, acho que essa é a capa mais bonita que chega perto de algo atrativo.
A impressão do livro não é uma das ótimas, e a diagramação quase foi feita a esmo. O material usado na fabricação do livro não é superior, e mesmo que você conserve o box, ele se rasga facilmente. Os meus exemplares estão em ótima perfeição, mas já posso ver algumas notas de rasguinhos no extremo inferior da lombada. Acho que se você comprar esse exemplar, é bom conserva-lo o mais que possível.

"- Então - disse Poirot -, tendo colocado minha solução diante dos senhores, tenho a honra de desligar-me do caso.."

Página 223

E mesmo com quase todas essas imperfeições, a Editora Nova Fronteira fez um ótimo trabalho em publicar as obras da Agatha. Há também outras edições publicadas, e também uma edição de luxo que traz quatro histórias da Agatha.

Enfim, recomendadíssimo, e mesmo que eu não tenha consiguido listar todas as coisas que eu queria aqui nesta resenha, acho que foi o possível que eu consegui, rs.

FICHA DO LIVRO:

Autor: Agatha ChristieISBN: 9788520923542Editora: Nova FronteiraAcabamento: BrochuraNúmero de Páginas: 223Formato: 14 x 21

6 comentários:

  1. Esse é sem duvidas o melhor livro (dos quais tive a oportunidade de ler) da Agatha, e foi com ele que conheci o trabalho da autora e passei a ser um fanático por sua escrita e suas histórias. É realmente dificil descrevê-lo, pois se há um livro capaz de chegar a perfeição, é "Assassinato no Expresso Oriente" e posso dizer que nunca imaginei aquele final, por mais que a autora mostrasse claramente que isso era possível.

    Legal você dizer os detalhes da edição da Nova Fronteira, que foi justamente o único problema que encontre, mas nada que faça a obra da autora ser desmerecida.

    Aproveito para deixar um link de um post sobre a Agatha que fiz no dia 12, data em que ela veio a falecer: http://overshock.blogspot.com/2012/01/agatha-christie-imortais-da-literatura.html

    Abraços
    Ricardo (www.overshock.blogspot.com)

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    1. Com certeza vou ler seu post sobre a Agatha, ela simplesmente é uma escritora genial! Já li outros livros de sua autoria, e todos eu amei - com exceção de Cai o Pano, se você já leu, deve saber porque eu estou dizendo isso, o problema foi o final... - Enfim, ela sim é minha autora preferida.

      Abraços,
      Joshua

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  2. Eu já tentei ler esse livro, mas abandonei. Achei muito enrolado o início, muito confuso e cheio de rodeios.

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    1. Bem, este pode ser um estilo da Christie. Ela começa os livros com um pouco mais de tranquilidade, tem que ter paciência pra chegar até o final. Mas lembre-se, os livros dela não livros de thriller como dos de Dan Brown, é mais de investigação e tal. Só em alguns livros você encontrará um pouco de ação, mas na maioria, você verá que Agatha tem um estilo de sondar seus personagens, puxando mais pro lado pessoal e dramático. Mas não desanime, procure outros livros de sua autoria, pois com toda certeza, você não se arrepnderá.

      Abraços,
      Joshua

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    2. Bom, era o que eu estava pensando. Qual quer dia ler um livro dela com mais calma, até o fim. Tenho várias opções.

      Mas pra falar a verdade, curto mais Sherlock.

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    3. Eu curto Sherlock quanto os livros da Agatha, mas tudo bem. Parcialmente concordo com você no quesito dos livros da Christie, mas tudo bem, pelo menos você gosta de Sherlock, que admitamos, é um tanto melhor que Hercule Poirot, rs.

      Abraços,
      Joshua

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